quinta-feira, 25 de agosto de 2016

Nerve (2016)


Nerve é um daqueles filmes que está na fronteira entre o original e o pretensioso, nunca sendo propriamente uma coisa ou outra. Aqui joga-se um jogo online, que dá nome ao filme, onde os jogadores têm que cumprir desafios cada vez mais exigentes, conforme os votos de quem paga para ver o jogo, para receber dinheiro, estilo febre pokemon go. Nerve segue uma determinada corrente visual pretensamente moderna (Drive, Spring Breakers, The Guest), repleta de neons, desde os títulos à mota de Dave Franco, pop-ups e uma certa banda sonora "dream pop" que... é "cool", sim, mas tudo o que é demais enjoa e aqui é impossível não revirar os olhos com o metralhar incessante de novas faixas sonoras que insistem em acompanhar todos os momentos do filme. O que se passa com Nerve é que os seus clichés, que são muitos e às vezes bem preguiçosos, desde a atmosfera de filme tipicamente adolescente (sem o ser de facto, e será essa a pedra toque que faz toda a diferença) à metáfora do perigo que o anonimato da imensidão da internet pode criar, são irritantes, irrealistas e por vezes mesmo mal executados, mas nunca o suficiente para não gostarmos e deixarmos de querer ver o filme. O ritmo e a curiosidade que se suscita no espectador estão tão engenhosamente concebidos que parece que todas as falhas de Nerve são perdoáveis e passam para segundo plano, deixando de ter importância. A dupla Emma Roberts e Dave Franco, com uma personalidade forte q.b., também ajudam.

Porque é bom: Visual e conceito; o ritmo da acção; a dupla de actores principais; a banda sonora

Porque é mau: Visual e conceito; o ritmo da acção; a dupla de actores principais; a banda sonora

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