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quarta-feira, 18 de dezembro de 2019

Top The Fading Cam Os 160 Melhores Filmes da Década 2010: 160 - 141

Chegando ao fim de mais uma década de cinema o The Fading Cam decidiu assumir o desafio de compilar um ambicioso Top 160 Melhores Filmes da Década 2010. Vamos apenas assumir filmes que tenham estreado em Portugal, em sala ou plataforma stream, entre 2010 e 2019. A ordem não reflecte necessariamente a nota atribuída nas respectivas críticas. Se o vosso filme preferido não estiver na lista existem duas razões para isso: ou não o vimos, ou não gostamos dele. Contem com uma lista fora do normal, onde o cinema comercial não é necessariamente mau, onde o terror e a acção não são géneros menores, e sobretudo onde os grandes prémios do cinema não servem como medidor de qualidade. Vamos abrir as hostilidades com os lugares 160º a 141º:


160º "The Edge of Seventeen" (2017) - Kelly Fremon Craig

Uma coming of age story contada no feminino com um argumento que foge aos padrões habituais do género. Hailee Steinfeld, ajudada por Woody Harrelson, é a adolescente alternativa e depressiva que odeia a sua idade. Com uma interpretação acima da média, o filme balança o drama familiar com o humor de forma original e particularmente coesa e mete outros filmes do género como Lady Bird a um canto.





159º "Super 8" (2011) - JJ Abrams

Antes de existir Stranger Things e todo o revivalismo 80s existiu Super 8, aquele que continua a ser, até à data, o único filme não pertencente a um franchise realizado por JJ Abrams. Com um visual imersivo e ritmo excitante, o grupo de jovens actores lidera o filme de aventura, terror e ficção científica, sendo provavelmente o melhor filme revivalista da década. E não houve poucos...






158º "Paterson" (2017) - Jim Jarmusch

Com mais uma brilhante interpretação de Adam Driver, Jarmusch reflecte sobre a poesia da vida simples do dia a dia, a chamada ode à vida quotidiana mundana. É o filme melancólico ideal para ver numa noite fria, admirando as pequenas coisas que a vida nos dá.




157º "The Nice Guys" (2016) - Shane Black

Idos vão os tempos dos buddy movies, cops ou não, como Tango e Cash ou Arma Mortífera, mas The Nice Guys faz um trabalho irresistível ao conseguir juntar uma excelente realização, narrativa, mas sobretudo uma parceria mais que carismática entre um brutamontes Russel Crowe e um espertalhão Ryan Gosling.




156º "Darkest Hour" (2018) - Joe Wright

Raros são os biopics que chegam à época de Óscares merecendo toda a atenção que receberam, mas Darkest Hour é um belíssimo retrato da decisiva intervenção de Churchill na Segunda Guerra Mundial, carregado com uma brilhante interpretação de Gary Oldman. Darkest Hour é um bom exemplo de como realizar o biopic sem que seja apenas "mais um".




155º "Coming Home"/"Gui Lai" (2015) - Zhang Yimou

O veterano realizador chinês assinou em 2015 um melodrama vertiginoso que não tem vergonha de o ser, assumindo numa camada inferior uma mensagem político social difícil de ignorar. É também isto cinema, a arte de tocar nos sentimentos do espectador, de o fazer pensar, de o fazer sonhar.





154º "Personal Shopper" (2017) - Olivier Assayas

Olivier Assayas volta a surpreender com um thriller dramático fora da caixa tão coeso que é impossível apontar-lhe defeitos. É a melhor interpretação da carreira de Kristen Stewart que consegue levar o espectador a um Mundo estranho e imersivo, entre o sonho e o pesadelo.





153º "The Beaver" (2011) - Jodie Foster

Na fase mais difícil da vida de Mel Gibson, Jodie Foster decidiu realizar e co-protagonizar este drama existencialista que usa como pano de fundo a depressão. Curioso o paralelismo da sua personagem principal com a vida do próprio protagonista. The Beaver pode ser um filme miserabilista, por vezes enervante, mas fá-lo com uma originalidade desconcertante que merece todo o louvor.




152º "The New Daughter" (2010) - Luis Berdejo

Inauguramos o género de terror com The New Daughter, um filme misterioso protagonizado por Kevin Costner que não recebeu metade da atenção que devia. De original não tem nada: casa isolada, criança com comportamentos estranhos, mas a execução lenta e consciente de Berdejo, que coloca de lado o susto fácil e a violência em detrimento de efeitos especiais práticos e construção de atmosfera, merece um aplauso.





151º "Taken" (2010) - Pierre Morel

Quando estreou Taken de certa forma revolucionou a forma de fazer cinema de acção nos Estados Unidos, com uma cativante personagem interpretada por Liam Neeson a executar brilhantes coreografias de acção que viriam depois a ser adoptadas em filmes superiores como John Wick. Taken abriu caminho e é, por mérito próprio, um filme de culto.




150º "Lone Survivor" (2014) - Peter Berg

A década de 2010 teve vários belos exemplares de cinema de guerra e Lone Survivor é um deles. Tecnicamente irrepreensível, nomeadamente a nível sonoro, este é um filme de acção/guerra de rara tensão que ignora o politicamente correcto que marcou a maioria do cinema de guerra da era Obama.






149º "Jurassic World: Fallen Kingdom" (2018) - J.A. Bayona

Esta pode ser uma escolha polémica, mas Jurassic World: Fallen Kingdom é um exemplo de como fazer bom cinema de pipoca com identidade suficiente para nos ficar na memória como algo mais do que apenas mais um. Como esquecer a perseguição de horror gótico na mansão à Lua cheia protagonizada por um exemplar de tudo o que está errado à luz da bioética?




148º "Get Out" (2017) - Jordan Peele

Para uns tremendamente original, para outros terror básico e genérico, Get Out é um filme divisivo que consegue abordar com um olho interessante um novo conceito de horror racial. Pode ser forçado, é verdade, mas o surrealismo e o mistério da situação proposta por Jordan Peele é uma das coisas mais intrigantes dos anos recentes.





147º "The Fighter" (2011) - David O. Russel

Um drama familiar de desporto com uma interpretação com um, como sempre, superlativo Christian Bale a roubar o spotlight num argumento sólido que tem como tela uma América industrial e marginal. O. Russel dirige habilmente, mas é a interpretação de Bale que fica para a história.








146º "The Martian" (2015) - Ridley Scott

Mais um exemplar de que é possível fazer bom cinema comercial, com um veterano Ridley Scott quase que a caricaturar os filmes de propaganda americana dos anos 90. The Martian é um filme inteligente e astuto que entretém o espectador do primeiro ao último minuto, usando os lugares comuns do filme catástrofe de forma quase irónica a seu favor. Até ficamos com os olhos trocados.





 145º "Mandy" (2018) - Panos Cosmatos

Nicholas Cage não está morto. Está bom e recomenda-se. É difícil descrever por palavras o filme de Cosmatos. Metade trip de lsd potente de caixão à cova, metade Cage louco num brilhante thriller de acção, Mandy desafia os limites do género, mas também os limites da paciência do espectador. Ainda assim é precisamente com a libertação de Cage em plena casa de banho que o espectador se liberta do estado sonâmbulo em que se encontra para uma das mais originais experiências cinematográficas da sua vida.





144º "Good Time" (2017) - Benny Safdie, Josh Safdie

Os irmãos Safdie realizam este original crime thriller que ajuda a consolidar Robert Pattinson como um dos melhores actores desta geração. Visualmente delicioso e narrativamente criativo, Good Time é um filme incómodo que ao mesmo tempo nos dá prazer, como coçar uma borbulha. Um guilty pleasure de rara qualidade.





143º "Godzilla" (2014) - Gareth Edwards

Digam o que quiserem, mas a nosso ver o reboot de Gareth Edwards do mítico Godzilla é o melhor monster movie da década. O género Kaiju funde-se na perfeição com o mistério e terror vivido pelos pequenos humanos que de repente se vêm a braços com a destruição da sua cidade. Protagonizado por nomes como Bryan Cranston ou Elizabeth Olsen, Godzilla é visualmente brilhante, oferece uma realização sufocante e toda a tensão que podemos desejar de um filme do género.





142º "Prometheus" (2012) - Ridley Scott

Prometheus é um filme divisivo e desequilibrado, mas tudo isso é compensado pela sua produção, pelas temáticas que introduz (da bioética à religião), pela enorme interpretação de Fassbender, e sobretudo pelo regresso de Ridley Scott ao franchise de culto que criou: Alien. Scott coloca o espectador numa espiral de questões, acção e terror irresistível.





141º "Out of the Furnace" (2013) - Scott Cooper

Fascinante a forma como Scott Cooper pega nos seus actores e transforma um revenge thriller aparentemente comum passado na América profunda num objecto de culto. Um Woody Harrelson lunático e aterrorizador em pico de forma, um Christian Bale irrepreensível que carrega o drama às suas costas e um frágil e revoltado Casey Affleck fazem de Out of the Furnace um belíssimo filme de actores que não precisam de efeitos especiais nem maquilhagem para brilhar.

quarta-feira, 3 de outubro de 2018

Mandy (2018)


Mandy, a trip alucinatória movida a lsd de Panos Cosmatos, protagonizada por Nicolas Cage, não é exactamente aquilo que aparenta, mas é precisamente nessa indecisão quanto à forma que acaba por perder a sua força. Aquilo que aparentava ser um revenge movie ao estilo grindhouse, com Nic Cage a regressar ao território onde o seu carisma melhor dá cartas, é afinal uma obra cinematográfica de experimentalismo formal e estético, relembrando, pelas piores razões, detritos abjectos como Spring Breakers ou algum do pior cinema de Nicolas Winding Refn. Cage vive com a sua companheira, a titular Mandy, numa casa algures nas montanhas do interior dos Estados Unidos, quando um culto religioso decide perturbar a sua idílica vida romântica, soltando a fúria do protagonista. O problema é que na tela o desenvolvimento da trama não funciona exactamente assim, com um ritmo lento e pantanoso, coberto de filtros de cor neo noir, dando mais protagonismo ao culto vilão e à irritante Mandy que propriamente à acção e loucura de Cage, cujo tempo de écrã é na verdade reduzido. É impossível fugir ao pensamento de que Mandy é, afinal de contas, um filme artisticamente pretensioso que não sabe o que fazer com aquele que é, de longe, o seu maior trunfo, e pior, conscientemente coloca-o em segundo plano, preferindo os devaneios estéticos e diálogos filosófico-balofos do pastor do culto à vingança propriamente dita que o filme teima em insinuar e prometer, mas que acaba por entregar de forma insuficiente e titubeante. Por outro lado é inegável o mérito estético que o filme apresenta. A sua criatividade, embora gratuita e inconsequente, compõe belos planos imagéticos. É também inegável que das poucas vezes que temos o prazer de ver Nicolas Cage a trabalhar o veterano actor protagoniza cenas poderosas com uma maravilhosa entrega. Fica um sabor agridoce. Dependerá da disposição do espectador e do seu gosto pessoal, mas Mandy enquanto conjunto será objectivamente um filme desequilibrado e com um rumo incerto que, isoladamente, tem o mérito de apresentar sequências visuais e de acção com o potencial de atingir o culto cinematográfico.

Porque é bom: Ver Nicolas Cage em boa forma é um regalo e cada uma das suas cenas vale bem o preço do bilhete; realização esteticamente marcante e onírica, num belo exercício de experimentalismo formal.

Porque é mau: O filme desequilibra-se entre um pretensioso auto-elogio imagético e o libertar do potencial de Nicolas Cage, que parece ter pouco espaço para trabalhar; o pretenciosismo neo-noir de Panos Cosmatos é por vezes difícil de digerir, arrastando-se sem rumo por demasiado tempo, focando-se num rol de vilões que não é tão interessante como julga ser

sexta-feira, 7 de setembro de 2018

MOTELX 2018 - Críticas Dia #2: mon mon mon Monsters (2017), The Tokoloshe (2018), Unsane (2018), Cam (2018), Mandy (2018)

Após uma abertura que deixou algo a desejar com The Nun, o segundo dia do Motelx 2018 foi surpreendentemente interessante, com 5 ofertas variadas de grande qualidade, duas delas bem sonantes. Não houve nenhum mau filme, mas também não se pode dizer que Mandy tenha sido a obra-prima que muitos apregoam. Cam surpreendeu pela positiva, Unsane de Soderbergh é uma bela experiência, e Tokoloshe por culpa própria não consegue ser o grande filme do dia.

mon mon mon Monsters: Filme taiwanês de belo efeito, mon mon mon Monsters consegue adjectivar, com muitas hipérboles e metáforas, os fantasmas de alguma cultura violenta juvenil, nomeadamente o bullying, os abusos perante idosos ou a pressão social, que muitas vezes parte do próprio corpo docente nas escolas. Aqui, uma traumatizada vítima de bullying é forçada a cumprir castigo com os seus bullies ajudando idosos num prédio degradado. É aí que encontrarão duas criaturas demoníacas, capturando uma delas e colocando-a num cativeiro escondido para satisfazer todos os seus desejos de tortura e abuso de dignidade, à medida que a outra criatura a tenta encontrar, não parando perante nada. mon mon mon Monsters consegue repulsar o espectador perante a desvalorização da vida humana e... desumana, questionando, ainda que com muito estilo e exagero digno de algum cinema asiático, quem serão afinal os verdadeiros monstros. Pena que à medida que caminha para o seu final, o filme se perca um pouco no seu labirinto moral, terminando com um epílogo algo desconexo que quase deita a perder aquilo que de bom construiu até então.



The Tokoloshe: Raro exemplo de cinema africano de terror que chega a uma sala portuguesa, Tokoloshe várias vezes morde os calcanhares daquilo que seria um grande filme. Busi é uma jovem que se vê forçada a abandonar a província Sul Africana para trabalhar na metrópole de Joanesburgo enquanto empregada de limpeza num hospital degradado para assim salvar a sua irmã mais nova que ficou para trás. Os fantasmas de abusos sofridos ao longo da sua infância são sugeridos nos pesadelos da protagonista à medida que os vê ressuscitar perante a entidade vil que é o seu patrão sem escrúpulos. Quando se apercebe de que existem histórias de um demónio que assombra as crianças no hospital, Busi tem dificuldade em separar os seus demónios da realidade. Com temáticas bem actuais como os abusos sexuais, a desigualdade de género e os traumas culturais, mas longe de querer alimentar lições moralistas à boca do espectador com uma colher, Tokoloshe faz um trabalho quase brilhante, com um argumento sólido e uma cinematografia deliciosa, sempre com uma atmosfera misteriosa e perturbadora que agarra o espectador. A parte mais interessante, mas ao mesmo tempo mais frágil do filme, é o seu último terço, desenrolado no desolador cenário campestre africano da sua infância, no qual Busi terá de enfrentar os seus fantasmas familiares.



Unsane: Embora pragmático, Soderbergh é um mais inconformados realizadores norte-americanos do ponto de vista artístico actualmente. Numa altura em que ponderava parar de filmar, Soderbergh surge com este Unsane, um filme filmado exclusivamente com telemóvel que se assume série B orgulhosa através de uma história claustrofóbica e misteriosa, cuja estrutura invulgar impede o raciocínio do espectador de obter respostas às intrigantes questões que desfilam pelo écrã, quando uma energética Claire Foy se vê presa num instituto psiquiátrico contra a sua vontade, onde supostamente estará também um seu stalker. Com uma atmosfera heterogénea, mas surpreendentemente equilibrada, Unsane vai do humor negro ao thriller psicológico em poucos segundos. Com uma realização surpreendentemente criativa (este é talvez o filme experiência filmado a telemóvel mais interessante até hoje), Unsane é um objecto fascinante, mas nunca consegue subir o derradeiro degrau que elevaria esta belíssima experiência para algo mais, talvez por nunca concretizar os demónios da paranóia sexual que tão astutamente soube trazer à baila.



Cam: Certamente um dos filmes mais originais a passar neste Motelx, Cam entra no mundo das camgirls que se exibem em chat rooms online em directo a troco de dinheiro dos seus visualizadores. Madeline Brewer faz um bom papel como modelo que subitamente vê a sua identidade misteriosamente roubada online e duplicada numa chat room de uma forma asfixiantemente misteriosa. Procurando resolver o mistério, Cam joga com as paranóias, medos e incertezas de um desconhecido mundo online, e o roubo de identidade num meio tão estranho e potencialmente perigoso, mas com uns bastidores rotineiros e estranhamente familiares, desmistificando ao mesmo tempo o mundo familiar e profissional destas modelos. Ainda que não se consiga desligar de uma certa atmosfera cool juvenil, Cam é um thriller belíssimo e original que pisca o olho ao revivalismo neo noir que tem aparecido nos últimos anos no cinema norte-americano.



Mandy: Era o prato forte deste segundo dia de Motelx. Mandy, a trip alucinatória movida a lsd de Panos Cosmatos, protagonizada por Nicolas Cage, não é exactamente aquilo que aparenta, mas é precisamente nessa indecisão quanto à forma que acaba por perder a sua força. Aquilo que aparentava ser um revenge movie ao estilo grindhouse, com Nic Cage a regressar ao território onde o seu carisma melhor dá cartas, é afinal uma obra cinematográfica de experimentalismo formal e estético, relembrando, pelas piores razões, detritos abjectos como Spring Breakers ou algum do pior cinema de Nicolas Winding Refn. Cage vive com a sua companheira, a titular Mandy, numa casa algures nas montanhas do interior dos Estados Unidos, quando um culto religioso decide perturbar a sua idílica vida romântica, soltando a fúria do protagonista. O problema é que na tela o desenvolvimento da trama não funciona exactamente assim, com um ritmo lento e pantanoso, coberto de filtros de cor neo noir, dando mais protagonismo ao culto vilão e à irritante Mandy que propriamente à acção e loucura de Cage, cujo tempo de écrã é na verdade reduzido. É impossível fugir ao pensamento de que Mandy é, afinal de contas, um filme artisticamente pretensioso que não sabe o que fazer com aquele que é, de longe, o seu maior trunfo, e pior, conscientemente coloca-o em segundo plano, preferindo os devaneios estéticos e diálogos filosófico-balofos do pastor do culto à vingança propriamente dita que o filme teima em insinuar e prometer, mas que acaba por entregar de forma insuficiente e titubeante. Por outro lado é inegável o mérito estético que o filme apresenta. A sua criatividade, embora gratuita e inconsequente, compõe belos planos imagéticos. É também inegável que das poucas vezes que temos o prazer de ver Nicolas Cage a trabalhar o veterano actor protagoniza cenas poderosas com uma maravilhosa entrega. Fica um sabor agridoce. Dependerá da disposição do espectador e do seu gosto pessoal, mas Mandy enquanto conjunto será objectivamente um filme desequilibrado e com um rumo incerto que, isoladamente, tem o mérito de apresentar sequências visuais e de acção com o potencial de atingir o culto cinematográfico.