segunda-feira, 2 de novembro de 2015

The Walk (2015)

The Walk, passando a redundância, é uma linha recta de competência narrativa com poucos desequilíbrios pelo caminho em direcção ao clímax que lhe dá o nome. É decorado com momentos de boa comédia e boas interpretações, estilo pequena aventura traquina que terá proporções verdadeiramente épicas. Uma espécie de grupo de miúdos irresponsáveis e com muitos sonhos que arquitectam, qual grupo de espiões, um plano mais ou menos lógico para conseguir a grande proeza de estender um cabo entre as duas torres e nele colocar um equilibrista, sem que ninguém o descubra até, claro, ao momento em que esteja lá em cima. E aí os traquinas nada mais poderão fazer.
A travessia em si é efectivamente espectacular, muito graças à tecnologia 3D que acompanha o filme e que aqui é, muito sinceramente, perfeita. A cinematografia tem também toques de brilhantismo, e enquanto espectadores temos durante esse clímax um momento de, como dizer, intenso prazer visual. O problema é que, mesmo sobrepondo a travessia final à linha apenas muito competente que é o resto do filme, parece que nos falta algo nesta experiência fílmica, e isso é culpa de sabermos de antemão mais ou menos tudo aquilo que se irá passar. Ao invés de irmos descobrindo o filme através do seu desenrolar, simplesmente nos sentamos num carrinho de uma montanha russa cujos loopings já vimos e antecipámos enquanto estávamos na fila à espera de entrar na diversão.

 

Trailer:
 

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